terça-feira, julho 22, 2008

A cidade que se desbota

Certo, se você decidiu voltar, eu não poderia impedir, discordar e nem trancar as suas malas com cadeado. Não! Só poderia abrir os portões da minha cidade inversa e te deixar ir. Você que não soube entender meus reflexos e nem conseguiu entrar além das primeiras ruas e praças. Já nem lamento mais. Talvez você não tivesse mesmo preparo para se entregar à um lugar tão repleto de encantos profundos. De casas com sofás vermelhos e almofadas douradas. Você acabou deixando de lado tudo o que eu não saberia explicar em palavras e tudo o que se sente quando se vê a imagem refletida do lado inverso da cidade. Você foi embora pra continuar encantando olhos que têm a sorte de te contemplar todos os dias, ou quase. Que descobrem as belezas que você contém. Mas as belezas de cá são maiores porque se refletem e, apesar de duplas, são diferentes e se juntam numa só.
Te desejo uma boa viagem e se quiser, minhas portas estarão abertas pra você voltar. Só tome cuidado para não se perder, se por acaso decidir caminhar além da pequena entrada da cidade, de onde você não conseguiu passar.

domingo, julho 20, 2008

Sorrir e Agradecer - Agradecer e Sorrir

Pelas minhas "andanças" por flickr's de ilustrações/cartoons e afins, encontrei o Flickr da Juliana Panchiniaki. A moça desenha com o coração, além de possuir uma forte influência de bom humor nas ilustrações que faz, coisa que admiro e gosto muito!
O cartoon aí de cima foi feito inspirado no meu texto "Preciso mesmo explicar?". É um dos amontoados de palavras que mais fazem sentido pra mim.
E como a Juju já sabe, (na verdade, ela deve estar careca de saber) eu ADOREI o desenho!

E mais uma coisa super legal! Eu não sou de fazer esses tipos de postagens aqui no meu blog. Sempre o guardei pra textos pessoais mas que mereciam encontrar com as meninas dos olhos dos outros... enfim, o que quero dizer é que hoje, também ganhei um presente que me deixou muito contente e surpreendida. O Rômulo, que gosta do silêncio tanto quanto eu, presenteou meu blog com um selo. A surpresa foi tão grande, quando li falando sobre as cores do vento, que caí pra trás, literalmente. Muito obrigada, Rômulo!

Aproveitando a postagem pessoal, minha amiga Viviana hoje também me presenteou lindamente. Foi a um show que eu não pude ir e, na hora que a banda começou a tocar, meu telefone tocou e era ela, toda empolgada. Vivi, brigadão, viu?!

Então, eras isso.

sexta-feira, julho 04, 2008

As tuas palavras minhas

Procuro tuas rimas no dicionário
Que folheio sem me atentar
De que tu és o barulho que o vento faz em canção
Tu és toda essa presença
De sensações bem vivas
Que permanecem quando não estás
E toda essa saudade infantil
Do que já foi e do que ainda virá.
Me devolva suas palavras e
Desate os nós que me apertam a garganta
Querendo transformar-se em chuva
Que me lava a face
E escorre até o peito e seca
Por cada abraço estranho
Que visto sem servir.