terça-feira, novembro 11, 2008

De dividir o que é bonito

E essa vontade de dividir beleza. De deitar num peito, escutar um coração batendo devagar, calmo... de escutar um som de piano, assim bem bonito. De dizer que as tuas manchas marrons por dentro do verde dos teus olhos, atrás das tuas lentes que aumentam o grau daquilo que vês me intrigam e que eu gosto tanto. E essa vontade de te deixar bilhetes escondidos, cartazes colados. Queria te dividir tanto, com tanta gente, te mostrar essas coisas bem bonitas que os outros têm porque me tratam com tanto carinho, me dão colo, balas, cerveja, cigarros. Posso te mandar boas notícias, também. Porque do lado de cá, eu tenho colecionado tudo o que é bom. Amigos, afetos, carinhos, amores. Encosta teus dedos com delicadeza na palma da minha mão. Eu acarinho em cima dos olhos e te acalmo, te protejo de tudo. Até do que não se protege, porque me ensinaram que segurança não existe, que só existe a vida e o viver e eu quero, vida e viver assim, bem bonito. Silencia, porque te quero tanto bem. Deita no meu mundo, divido tudo com você.