terça-feira, dezembro 04, 2007

Do assassinato da curiosidade

Pronto. Fui lá. Matei a curiosidade, te provei. Foi delicioso, extasiante. Cada pedacinho seu com um sabor diferente, como se fosse a bebida púrpura das cartas de baralho da ilha perdida do Curinga. Mas enjoei rápido de todos os sabores. Aliás, eu não gosto de muitas coisas, preferia que fosses menos doce, ou menos ácido... ou menos qualquer coisa... Algo foi demais e eu enjoei.
Das palavras ouvidas e das lidas que passaram por aqui, guardei. São minhas. Mas viu? Vou ficar só com as palavras... teu gosto não era assim tão bom quanto esperava.
Cuida de ti aí. És viciante demais pra deixar pessoas não preparadas provarem. Se gostar, é pra sempre, chega até a doer se não tiver... se não, acontece como aqui, onde se mata a curiosidade e toda a graça vai embora.
Só queria falar, mesmo que tu não escutes.
Mas apenas uma coisa eu não entendi: porque será que ainda me perturbas? Tá, não vou querer saber! Fica aí.