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segunda-feira, agosto 04, 2014

Sobre o tempo que não passa

Há uma fórmula para fazer o tempo se arrastar. Vou te ensinar os passos:
Primeiro, apaixone-se. Perdidamente, loucamente, intensamente. Mas não por qualquer pessoa. Apaixone-se por alguém que more longe e, que esse longe seja o suficiente para se tornar impossível que vocês se encontrem todos os finais de semana. Depois, marque um dia para encontrar essa pessoa com pelo menos três semanas de antecedência. 
Pronto, você já pode colher os louros do tempo mais lento pelo qual você já teve paciência de esperar.



"Deixa ser como será
Quando a gente se encontrar
No pé, o céu de um parque a nos testemunhar"

quarta-feira, abril 02, 2014

Destralhar


Parei pra pensar, me ver de fora de mim mesma. Como se qualquer outra pessoa pudesse me conhecer tanto quando eu mesma. Se eu soubesse desenhar, me expressaria muito melhor, mas não nasci com esse dom, então vou tentar me descrever, de modo que cada parte a ser destralhada, realmente seja descartada.
A gente tem uma mania de guardar com a gente, não. Espera. Eu tenho essa mania. Tenho um feio hábito de manter comigo as coisas que já me cativaram. Por mais que elas doam, que me adoeçam e me façam mal, ficam alí, grudadas em mim feito tatuagem. E dizem: Tu és uma pessoa muito transparente. Será que as pessoas conseguem ver todas essas minhas tralhas? Tendo essa curiosidade de me ver por fora, consigo ver cada marca deixada com essas partes de vida. Um vinco no meu rosto marcado pelas lágrimas da perda e das inúmeras despedidas. As cordas vocais calejadas de tanto cantarolar dores de cotovelo. Um pingente quebrado depois de uma despedida pra nunca mais. 
Eu quero e estou me destralhando de tudo o que me fez mal. Veio, não soube ficar, não deu valor, não soube conviver com liberdade, não soube receber carinho, não gostou da minha honestidade e da minha falta de rodeios, tratou com grosseria, humilhou, preguiçou, não soube ir embora sem machucar... Pode ir, monte de tralhas! 
Não é algo do tipo que se desfaz doando, é jogando no incinerador de um grande lixão, onde se destróem todas as coisas que não prestam, que só ocupam espaço e causam desassosego.
Minhas portas e janelas estão abertas para o novo. E que seja luminescente, grandioso, lindo! Que me faça apenas o bem. É hora do novo vir pra ficar. 

terça-feira, abril 01, 2014

Pensamentos bagunçados

Mostrar uma fraqueza é um ato tão nobre que não se pode deixar qualquer um reconhecer. Mostrar uma fraqueza é tão admirável, que pra você, só tenho mostrado meu lado forte. Dá medo essas coisas de se abrir pra alguém. Sou compreensíva, mas sempre acho que a outra pessoa não vai entender meus medos, meus defeitos. Fico na minha pra não falar besteira, e por dentro deixo crescer uma admiração muito bonita. Você é alguém muito admirável. Parece meu pedaço que falta. Se estiver disposto, com o tempo podemos ajustar nossas sintonias pra ver no que dá. Eu te espero. E enquanto isso, ouvindo tudo o que minha intuição fala, sigo firme nas minhas decisões. Não sou orgulhosa e dou o braço a torcer. Tenho que admitir que olhar você de longe é bom, mas ter você por perto me faz um bem maior ainda! Apesar dos pensamentos desconexos, sentir faz a vida andar e seguir. Logo eu consigo desembaralhar a minha cabeça... mas hoje não. Hoje eu prefiro só sentir (e deixar crescer).

Blá blá blá

Sou um ser absolutamente apaixonável. Não que as pessoas se apaixonem facilmente por mim, mas eu me apaixono todos os dias. Às vezes por alguém, às vezes por alguma coisa. Por histórias, por desenhos, por poemas. Músicas, filmes, personalidades. Me apaixono por coisas simples, tipo nuvens, vento e barulho de chuva. Às vezes eu me apaixono por alguém, mas não dura um dia só. E também não é algo que vem em um dia só. Quando me apaixono por alguém, levo dias examinando tudo. São os gestos, os carinhos, a forma de tratamento, o senso de humor, a sensibilidade, o respeito pelas coisas, por si mesmo, pelos outros... 
Aí, quando eu me apaixono, acabo super valorizando a pessoa e querendo enchê-la de coisas que eu gosto e que possam encantá-la. Não é o caso de ser excessiva, mas é o caso de não saber dosar paciência. 
Sou alguém que sente as coisas de uma maneira muito íntima. Do tipo, aproveitar o que estiver vivendo e sentir tudo o que puder de bom daquilo. Depois, quando eu fico sentindo esse tanto, parece que preciso recuar, porque nesse mundo onde vivemos, as pessoas não estão acostumadas a terem alguém gostando delas. As pessoas gostam quando as pessoas não gostam. Por que uma das maiores curiosidades na raça humana, é esse senso de ser sempre contrário. 
Qual é o problema e soltar as amarras de tudo o que te prende aos sentimentos ruins? Quando eu quebro meu coração, sou obrigada a seguir em frente e engolir seco tudo aquilo que desandou. Depois a vida aparece, me surpreende com algo muito melhor e eu agradeço por ter saído de uma situação degeneradora. Porque, né... Nós sabemos quando algo não nos faz bem. Nós, lá no fundo, sabemos que aquilo nos prejudica. Mas precisamos passar por todos esses momentos prejudiciais para aprendermos. E o que melhor podemos aprender com pessoas e situações que nos prejudicam (como disse a minha irmã), é a não ser como elas. A sermos muito melhores e darmos sempre o nosso melhor para evoluirmos. 
Tenho umas paixões antigas, algumas novas. Descubro coisas novas todos os dias. Quando chegar o momento certo de dividir sem medo, vou deixar meu coração repousar em um peito (que eu estiver mais que apaixonada) e descansar. Porque paixão, pra virar amor, tem que ser com paciência e com bastante calmaria! Vem comigo pro sossego? E que seja a passo lento.