terça-feira, abril 01, 2014

Blá blá blá

Sou um ser absolutamente apaixonável. Não que as pessoas se apaixonem facilmente por mim, mas eu me apaixono todos os dias. Às vezes por alguém, às vezes por alguma coisa. Por histórias, por desenhos, por poemas. Músicas, filmes, personalidades. Me apaixono por coisas simples, tipo nuvens, vento e barulho de chuva. Às vezes eu me apaixono por alguém, mas não dura um dia só. E também não é algo que vem em um dia só. Quando me apaixono por alguém, levo dias examinando tudo. São os gestos, os carinhos, a forma de tratamento, o senso de humor, a sensibilidade, o respeito pelas coisas, por si mesmo, pelos outros... 
Aí, quando eu me apaixono, acabo super valorizando a pessoa e querendo enchê-la de coisas que eu gosto e que possam encantá-la. Não é o caso de ser excessiva, mas é o caso de não saber dosar paciência. 
Sou alguém que sente as coisas de uma maneira muito íntima. Do tipo, aproveitar o que estiver vivendo e sentir tudo o que puder de bom daquilo. Depois, quando eu fico sentindo esse tanto, parece que preciso recuar, porque nesse mundo onde vivemos, as pessoas não estão acostumadas a terem alguém gostando delas. As pessoas gostam quando as pessoas não gostam. Por que uma das maiores curiosidades na raça humana, é esse senso de ser sempre contrário. 
Qual é o problema e soltar as amarras de tudo o que te prende aos sentimentos ruins? Quando eu quebro meu coração, sou obrigada a seguir em frente e engolir seco tudo aquilo que desandou. Depois a vida aparece, me surpreende com algo muito melhor e eu agradeço por ter saído de uma situação degeneradora. Porque, né... Nós sabemos quando algo não nos faz bem. Nós, lá no fundo, sabemos que aquilo nos prejudica. Mas precisamos passar por todos esses momentos prejudiciais para aprendermos. E o que melhor podemos aprender com pessoas e situações que nos prejudicam (como disse a minha irmã), é a não ser como elas. A sermos muito melhores e darmos sempre o nosso melhor para evoluirmos. 
Tenho umas paixões antigas, algumas novas. Descubro coisas novas todos os dias. Quando chegar o momento certo de dividir sem medo, vou deixar meu coração repousar em um peito (que eu estiver mais que apaixonada) e descansar. Porque paixão, pra virar amor, tem que ser com paciência e com bastante calmaria! Vem comigo pro sossego? E que seja a passo lento.

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