Poucas pessoas tem a capacidade de me causar curiosidade e vontade de saber e contar as minhas próprias ideias. Quando encontro alguma dessas pessoas fico endoidecida. Quero falar muito, contar meus planos, ideias, lapsos criativos ou qualquer bobagem que venha à minha mente. Quero dividir e dar um pouco da minha criatividade ao que a outra pessoa inventa. Mas vou admitir, fico tímida, com medo ou receio que me menosprezem, que rejeitem minhas invenções ou sejam sarcásticos com a minha imaginação fértil e meu coração geralmente ingênuo em relação às atitudes das pessoas. Uma das características que admiro nessas poucas pessoas é a capacidade inventiva e a ousadia ou coragem para realmente expressar o que sentem, o que querem inventar, falar, criar.
Talvez o que eu tenha seja uma excessiva auto-piedade, mesmo sabendo o quanto eu tento me desprender desses medos. Quem sabe um dia, quando estiver longe e, aí então, mais perto de mim, eu assuma minhas ideias mesmo que pareçam bobas aos olhos alheios ou até aos meus próprios olhos. Onde será que estão esses dias que eu procuro? Quando será que eles estão?
Essas poucas pessoas me fazem ficar mais perto desses dias que procuro. Pena que elas sejam tão poucas, pena muitas delas morarem distantes e pena não conseguir enxergar com clareza as que estão mais próximas a mim.