quarta-feira, janeiro 06, 2010

Amor maior do mundo - parte 1

Apesar de me incomodar um pouco, eu gosto quando ele me espia pela janela, ou pára na minha frente e fica me observando. É tanto amor que sai daqueles olhos que me emocionam, então geralmente eu saio de perto pra não derreter meu olhar fugitivo em lágrimas.
Nunca vou entender pra quê ser tão durona. Deveria ser mais fácil abraçar, dar um beijo e dizer "te amo" pra uma das pessoas mais importantes que se tem na vida. Mas deve ser meu modo de mostrar amor, o mesmo que ele usa quando só me observa e não fala nada. Ou quando ele conta da infância dele, dos pais dele, dos irmãos, da dificuldade na adolescência... sei lá. Me dá raiva de saber que ele sofreu tanto pra chegar onde chegou.
Eu admito que às vezes até fico chateada, mas é meu ego enorme que não me deixa entender o que eu sei que de melhor ele quer pra mim. Deve ser difícil também pra ele, querer dizer alguma coisa e nem conseguir. Eu entendo que é complicado, assim como é complicado pra mim. Devo é ter orgulho por ter puxado a ele esse lado mais fechado. Se falar, choro. Então eu olho um pouquinho, espio quando está dormindo e mesmo assim reclamo quando ele faz bagunça. Mas é tudo amor. É tudo o amor maior do mundo.

Um comentário:

Fernando Bittencourt disse...

Por alguns segundos eu me ví dentro das suas palavras.