Caminhei sem rumo. Deixei o vento me segurar a mão e fui, pra lugar nenhum. Não ouvi som nenhum. Talvez tenha saído pra te encontrar. Talvez pra não mais te ver. Fiquei sem um pedaço de chão ou sem nenhuma seta me apontando pra onde ir. Imaginei mil coisas. Vi olhares superficiais e pessoas com máscaras. Que pena, quem usa esse tipo de máscara não consegue ao menos ser livre por si mesmo. Fica se prendendo em superficialidades, se escondendo atrás de risadas, de falta de abraços. Não consigo usar máscaras. Sou inteira quase o tempo todo. Quando sinto assumo. Quando me dói, me dói em tudo. Fico dolorida até no olhar. Me distraio pra não pensar que ando perdida, mas acabo saindo sem encontrar o rumo. Onde será que está você? Em que será que está pensando? Será que tem parado pra pensar ou ainda foge do que pode ter solução? Não sei o que eu sinto exatamente. Ou sei, mas não digo. Mas hoje, exatamente nesse dia tão lindo de sol e silêncio, vou tentar. Tentar sei lá o que, mas quando se está vivo é que se deve fazer. Tentar. E é assim, talvez eu volte a caminhar ou não. Eu não quero mais falar nada. Agora eu preciso ouvir. As coisas estão muito desconexas. Não sei mais nem onde eu estou e porque eu estou. Mas eu garanto, nada é tão grave quanto parece. E nem tão simples quanto eu faço parecer.
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