Meu amigo,
quis te escrever essa carta porque sinto falta de te contar muitas coisas. Te conto tudo em pensamento, mas agora começo a me dar conta de que tu não me ouves mais, quando faço silêncio. Às vezes quero te ligar, te encontrar pra tomar café e discutir sobre os livros que eu li e que tu não aprovaste, ou sobre as cidades que conhecemos e que concordamos ou não em alguns pontos. Sobre os bairros e as ruas mais bonitas... enfim. Essas coisas que fazíamos religiosamente de tempos em tempos e que agora já não fazemos mais.
De qualquer maneira, meu querido amigo, quero te contar que muitas coisas têm acontecido. Na verdade eu não sei exatamente o que acontece, mas me pego mergulhada nas ondas que chegam até mim sem escolha. Muitas coisas ao mesmo tempo. Escolhas também. Tu sabes bem como é! Agora, escolhi ficar só com minhas letras unidas em palavras de escrever e ler. De falar, não. Porque como tu já sabes, eu preciso sempre de sentidos e nem sempre os sons fazem sentido pra mim. E eu sei que agora tu lembraste do querido Mário Quintana, dizendo genialmente que quem faz sentido é soldado e que, "por isso, Mathilde, não se preocupe com os sentidos e nem com as direções". Sinto falta da tua esperteza e me pergunto pra onde ela pode ter ido. Sabe-se lá, não é? Deve ter ido dar algum sentido ou direção pra alguma outra cabeça cheia de nós. E veja só, acaba por tudo ser como sempre foi.
Eu tenho cantado também. Canto e sorrio muito. Me faz bem.
Também continuo com as caretas matutinas. Maior divertimento fazer caretas e sorrir pro espelho logo pela manhã. Tu continuas sorrindo, não é? É importante manter sempre teu sorriso alegre. Ele ilumina as pessoas que têm a ventura de te presenciar todos os dias. Eu continuo sorrindo pra mim e pra ti, pelas manhãs. Porque me olho no espelho e te vejo refletindo, nas minhas saudades.
Para me despedir não farei nenhuma recomendação. Eu sei que tu te cuidas bem sozinho e que a tua mãe te faz sempre todas as recomendações necessárias. Só te peço pra que me escreva contando sobre tudo o que acontece por aí.
E claro, não sei me despedir. Só te deixo um beijo.
Com carinho,
Mathilde.
quis te escrever essa carta porque sinto falta de te contar muitas coisas. Te conto tudo em pensamento, mas agora começo a me dar conta de que tu não me ouves mais, quando faço silêncio. Às vezes quero te ligar, te encontrar pra tomar café e discutir sobre os livros que eu li e que tu não aprovaste, ou sobre as cidades que conhecemos e que concordamos ou não em alguns pontos. Sobre os bairros e as ruas mais bonitas... enfim. Essas coisas que fazíamos religiosamente de tempos em tempos e que agora já não fazemos mais.
De qualquer maneira, meu querido amigo, quero te contar que muitas coisas têm acontecido. Na verdade eu não sei exatamente o que acontece, mas me pego mergulhada nas ondas que chegam até mim sem escolha. Muitas coisas ao mesmo tempo. Escolhas também. Tu sabes bem como é! Agora, escolhi ficar só com minhas letras unidas em palavras de escrever e ler. De falar, não. Porque como tu já sabes, eu preciso sempre de sentidos e nem sempre os sons fazem sentido pra mim. E eu sei que agora tu lembraste do querido Mário Quintana, dizendo genialmente que quem faz sentido é soldado e que, "por isso, Mathilde, não se preocupe com os sentidos e nem com as direções". Sinto falta da tua esperteza e me pergunto pra onde ela pode ter ido. Sabe-se lá, não é? Deve ter ido dar algum sentido ou direção pra alguma outra cabeça cheia de nós. E veja só, acaba por tudo ser como sempre foi.
Eu tenho cantado também. Canto e sorrio muito. Me faz bem.
Também continuo com as caretas matutinas. Maior divertimento fazer caretas e sorrir pro espelho logo pela manhã. Tu continuas sorrindo, não é? É importante manter sempre teu sorriso alegre. Ele ilumina as pessoas que têm a ventura de te presenciar todos os dias. Eu continuo sorrindo pra mim e pra ti, pelas manhãs. Porque me olho no espelho e te vejo refletindo, nas minhas saudades.
Para me despedir não farei nenhuma recomendação. Eu sei que tu te cuidas bem sozinho e que a tua mãe te faz sempre todas as recomendações necessárias. Só te peço pra que me escreva contando sobre tudo o que acontece por aí.
E claro, não sei me despedir. Só te deixo um beijo.
Com carinho,
Mathilde.
6 comentários:
Que lindo Gabi!!! Adorei mesmo o texto. Ah, é a Juliana da Hangar, rs.
Bom final de semana flor.
Beijão!
Texto muito bonito.
Semana passada comecei a escrever um muito parecido.
Também era uma carta pra um amigo e eu tbm dizia como eu sentia a sua falta e principalmente de conversar com ele. o Título seria Carta de Amor a um amigo.
Mas eu parei de escrever, difícil eu retomar ..
Me identifiquei muito.
Vou linkar seu blog no meu.
Gostei daqui.
MInina,essa carta me caiu como uma luva....desatei certos laços essa semana, e agora q li o txt vi pq o fiz...
Apareça no seu flog....
bju!
Ahhh sou a Pri do www.fotolog.com/prisyade
;)
Eu gosto de cartas escritas à mão. Não sei, parece que dá pra sentir a pessoa no papel, é bom.
Amorinha, adorei a carta, muito linda mesmo, e aproveito para lembrar de algo - não com a carta -, eu já tinha reparado na tirinha sim, mas aquele dia quando perguntastes não me lembrei, culpa da juju ébria ¬¬
beijocas
e logo nos encontraremos novamente ;)
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