quinta-feira, maio 26, 2011

Tem gente que parece que é anjo na vida da gente



Conheci a Denise, acho que em 2006, ou 2005... não lembro direito. Mas lembro que foi junto com um monte de gente bacana que conheci virtualmente nessa época. Eu era amiga da Alininha e a Dê sempre ouvia a Line falar de mim e dizia que queria me conhecer porque gostava da minha risada. Vê se pode, a pessoa se identificar com você por causa da risada que você tem.
Um dia eu fui conversar com ela, porque a Line já tinha me dito que ela queria me conhecer, mas a serelepinha era tímida, então tive que dar o primeiro passo pra aproximação.
Conversávamos muito, sobre tudo. Passeios de balão, cartas, bilhetes, chás, comidas, amizades, carinhos... fazíamos competição de bola de chiclete e trocávamos conselhos sérios e bobos. Tudo era bobo de bonito com ela.
Um belo dia de inverno ela resolveu vir me visitar pela primeira vez. Como ela mesma disse, era como confiar e gostar tanto de alguém sem ao menos ter olhado nos olhos.
Eu lembro bem quando ela e a família toda chegaram aqui em casa. Eu estava meio nervosa. Tinha feito um bolo prestígio que, apesar de gostoso ficou duro feito pedra. Mas queria ser agradável com a família dela e acho que esse negócio de receber com um bolo gostoso é um bom modo de demonstrar carinho pra quem vem visitar, né? Enfim... quando eles chegaram eu estava esperando na área na frente da porta da cozinha e ela veio com todo aquele brilho dela, bem feliz porque tinha chego. Lembro bem daquele abraço. O dela e de toda a família.
Aquele dia foi um dos melhores dias que eu tenho lembrança. A gente sentada no chão do meu quarto conversando sobre todas as coisas... eu dando conselhos pra ela sobre o Rafa, porque na época eles ainda não namoravam, mas ele já gostava muito e eu e a Line fazíamos a maior campanha pra Dê poder ficar com ele.
Aquele dia ela e a família dela foram embora, mas eu queria que tivessem ficado. O tio Eduardo perguntou se ela e a Dani queriam dormir aqui em casa, mas a Dê era educada demais pra dizer que queria. Ela tinha um coração de ouro e uma educação exemplar. Depois que eles foram embora eu lembro de ter ficado pensando que poderiam ter ficado, que teria sido muito bom.
No outro ano eles vieram novamente pra Santa Catarina e foram me visitar na minha casa de praia. A gente riu bastante naquela vez. Eu lembro de ter ensinado a Dê a "rir de mongól" (mas não posso explicar isso com palavras... rsrsrs) e nós fomos jogar frescobol e tomar sorvete com bala de dentadura e falar sobre tudo o que gostávamos, fazer planos de um dia morarmos perto, de eu ser a madrinha do casamento dela com o Rafa...
Levamos um dois anos pra nos reencontrarmos. A desculpa era um show da Adriana Partimpim em Curitiba. Comemoração do meu aniversário e do Rafa no final de março. Um dos melhores finais de semana que já passei também. Eu lembro muito bem que ela me falou que queria muito que eu tivesse ido nesse encontro porque ela simplesmente gostava demais de mim. E era recíproco, porque por mais distantes que morássemos, a Denise sempre foi muito presente pra mim. A gente dividia músicas, palavras. Ela musicou alguns textos meus e me roubou muitos e muitos sorrisos com isso. Ela me fazia sentir importante demais. Do mesmo modo como ela era e é importante pra mim.
Tem pessoas que eu gosto muito e que de tanto gostar, penso em ter uma miniatura dela pra mim, pra levar no bolso como se fosse um chaveirinho, sei lá. Pra estar sempre por perto, pra cuidar.
Mas eu sei que pessoas iluminadas como a Denise, às vezes precisam partir pra morar mais pertinho de Deus. A Denise na minha vida era só iluminação. Ela me fazia sentir gente importante, me fazia pensar que escrevia bem e que o que eu fazia de certa forma tinha sentido. Ela ria das minhas piadas mais sem graça e estava sempre disposta pra me dar a amizade dela. A Denise na minha vida era como se fizesse parte da minha família. Todos aqui em casa a conheciam e a adoravam. Assim como toda a família dela.
Eu sei de poucas coisas nessa vida e ainda não consegui entender completamente porque ela tinha que partir tão cedo, nos deixando esse buraco no peito. Mas eu sei que onde quer que ela esteja, (e eu sei que é um lugar lindo, com a Line e com anjos e com árvores de galhos frondosos e muita grama verde) ela está vivendo por nós, que amávamos e que continuamos amando e vivendo pra manter viva a parte dela dentro da gente. Eu me vejo da feliz obrigação de viver as coisas bem vividas. De sentir tudo o que for bom e de oferecer pra ela um pouquinho do meu amor de amiga, de prima, de irmã.
Eu olho pro tempo que pude tê-la por perto na minha vida e me sinto feliz e orgulhosa por Deus ter me permitido conviver e conhecer uma pessoa tão maravilhosa quanto ela.
Se eu pudesse encontrá-la mais uma vez daria um abraço uma beijoca estralada e diria que a amo e que a quero muito bem.
Agora veja só, não sei como terminar esse meu pequeno texto de memórias porque me parece algo que não tem fim. Acho que é porque ela nunca terá fim dentro de mim.

"Denise, eu te amo e eu te quero muito bem!"

Um comentário:

rafael dalpiaz disse...

eu amo tanto