Se me ensinares novas palavras, quem sabe, eu volte. Invente, me reinvente. Me refaça e me reconquiste. Traga-me as tardes que nos faltaram, com sol ou chuva. Não me convém decidir sobre as tuas escolhas. Me deixe datas comemoradas e comemoráveis dentro de um punhado soprado de poeira transparente. Nuble meus olhos com seus pedidos de socorro que quase já não mais escuto. Me traga novas palavras e novas fórmulas de usá-las. Muito obrigada por me ter ensinado a deixar qualquer coisa que não fosse minha, assim, de lado. Por ter jogado pra dentro essas minhas vontades de ir e ir e conhecer. Não sinto teu tato e nem teus olhares. Só tua vóz, que me sussura versos lindos, cheios de malícia e encanto. Me ensine novas palavras, que só assim eu volto e te reinvento.
domingo, junho 22, 2008
sábado, junho 21, 2008
Algumas coisas irritam
Vem cá. Senta aqui do meu lado e me escuta com bastante atenção, porque só vou te explicar uma vez e prometo que não vai ser difícil de entender. Vou usar somente palavras e expressões que você já conhece.
Tu conseguiu até me deixar irritada, sabia? Essas tuas faltas de atenção e teus excessos de sumissos me cansavam. E sem falar das esperas... que sempre me frustavam, mas que no fundo, eu tinha esperança de que fossem dar certo, de que tu virias e.
Durante um tempo, não sei quanto, já que aprendi que tempo não se conta, sempre quando estava perto de chegar na minha casa, eu imaginava que teu carro estaria estacionado no meio fio e que tu estarias me esperando com um abraço pra me vestir.
Sempre frustrados meus sonhos de te ver assim, quase de surpresa. Não fosse a espera que eu guardava dentro de mim e toda a paciência e calma que eu aprendi por ti. Porque, veja bem, tu me ensinaste mais do que imagina. E essa coisa toda é muito piegas e a gente fica se repetindo quando quer falar sobre alguma coisa que passou e que não volta, porque não quisemos ficar, ou ir.
Tu não quiseste vir, não é? Agora me escuta, já que é só o que tu podes fazer.
Havia uma linha imaginária. Um círculo em volta de ti, que eu desenhei. Queria te proteger das coisas feias que existem por aí. Não queria deixar que tu visses as coisas sujas e podres do mundo paralelo a esse, que criei pra ti.
É muito estranho, pra mim, pensar que você tenha me deixado com um castelo quase todo costruído. Acho que faltaram as portas. Se eu tivesse demorado menos esculpindo na madeira, um desenho de sonhos, acho que tu não terias saído.
Tinha grades nas janelas, mas mesmo assim ficava fácil pra ti olhar pro céu, não é mesmo?
Não adianta ficar me olhando com essa cara de quem tem dó. Não tenha dó e nem pena de mim. Tudo o que fiz foi com amor. E de amor não se tem pena, só orgulho.
Também, não acho que tu tenhas largado tudo pra que o castelo quebrasse ou algo do tipo. Não posso decifrar teus pensamentos. Ainda te acho grande demais pra eu poder ler teus significados, mas, entendo quando me falaste do orgulho. Agora entendo.
Não! Tu não pode falar. Só tens que me escutar, porque esse mundo todo quem criou fui eu.
Vou te dizer que entendo e sinto. E que tenho uma pilha e duas montanhas de carinho guardadas no meu guarda-roupas, misturada às coisas que escrevi, recortei e colei por ti.
Não fale nada. Preciso ir.
(um beijo de despedida - as costas - o jeito de caminhar - o jeito de olhar pra trás, ou não)
Tu conseguiu até me deixar irritada, sabia? Essas tuas faltas de atenção e teus excessos de sumissos me cansavam. E sem falar das esperas... que sempre me frustavam, mas que no fundo, eu tinha esperança de que fossem dar certo, de que tu virias e.
Durante um tempo, não sei quanto, já que aprendi que tempo não se conta, sempre quando estava perto de chegar na minha casa, eu imaginava que teu carro estaria estacionado no meio fio e que tu estarias me esperando com um abraço pra me vestir.
Sempre frustrados meus sonhos de te ver assim, quase de surpresa. Não fosse a espera que eu guardava dentro de mim e toda a paciência e calma que eu aprendi por ti. Porque, veja bem, tu me ensinaste mais do que imagina. E essa coisa toda é muito piegas e a gente fica se repetindo quando quer falar sobre alguma coisa que passou e que não volta, porque não quisemos ficar, ou ir.
Tu não quiseste vir, não é? Agora me escuta, já que é só o que tu podes fazer.
Havia uma linha imaginária. Um círculo em volta de ti, que eu desenhei. Queria te proteger das coisas feias que existem por aí. Não queria deixar que tu visses as coisas sujas e podres do mundo paralelo a esse, que criei pra ti.
É muito estranho, pra mim, pensar que você tenha me deixado com um castelo quase todo costruído. Acho que faltaram as portas. Se eu tivesse demorado menos esculpindo na madeira, um desenho de sonhos, acho que tu não terias saído.
Tinha grades nas janelas, mas mesmo assim ficava fácil pra ti olhar pro céu, não é mesmo?
Não adianta ficar me olhando com essa cara de quem tem dó. Não tenha dó e nem pena de mim. Tudo o que fiz foi com amor. E de amor não se tem pena, só orgulho.
Também, não acho que tu tenhas largado tudo pra que o castelo quebrasse ou algo do tipo. Não posso decifrar teus pensamentos. Ainda te acho grande demais pra eu poder ler teus significados, mas, entendo quando me falaste do orgulho. Agora entendo.
Não! Tu não pode falar. Só tens que me escutar, porque esse mundo todo quem criou fui eu.
Vou te dizer que entendo e sinto. E que tenho uma pilha e duas montanhas de carinho guardadas no meu guarda-roupas, misturada às coisas que escrevi, recortei e colei por ti.
Não fale nada. Preciso ir.
(um beijo de despedida - as costas - o jeito de caminhar - o jeito de olhar pra trás, ou não)
domingo, junho 15, 2008
que falta em mim:
Deve ser e é. Algo que me falta e que não me será tirado. Não assim tão rápido e nem assim tão fácil. Relutei contra o crescimento, mas só no ínicio. Não tenho a mínima vontade de recomeçar uma guerra pra retirar as bandeiras do meu território conquistado. E sabe? Vou conquistar meus campos verdes, verdinhos. Vou fincar minhas bandeiras de amor e dizer que amo e que está dentro, que vive que tem, que existe e que não sairá. Até permito uns passeios, mas que volte e descanse no meu sofá bem vermelhinho. Chás, cafés (sem açúcar, moça, por favor!), cervejas, águas - meus olhos de estrelas (até quando?) sempre serão.
(um comentário solto, só.)
segunda-feira, junho 02, 2008
Preciso mesmo explicar?
Vou começar a te explicar pelos teus sorrisos. Eles me fazem falta nesses dias de sol. Invento que te ouço sorrir às gargalhadas só pra me fingir estar acompanhada. Te levo no pensamento durante o-tempo-todo-o-tempo-todo-o-tempo-todo. Como fosse uma bomba relógio, mas que não explode nunca, porque os sorrisos que me provoca são inesgotáveis.
Também me faltam tuas mãos. Pra segurar as minhas, pra medir, pra fazer cócegas, pra desenhar traços, contar pintinhas... Me faltam, além das tuas mãos, as minhas, no teu rosto e em ti, te delineando e contornando esses traços tão bonitos que tens, por sorrir e ser assim, desse teu jeito cheio de pedaços.
É, você deveria ser em partes. Assim todos os que te amam te teriam pra sempre e você estaria com todos o tempo todo também. E olha que isso facilitaria muito. Teria pedaços de ti espalhados por boa parte desse mundo e aí, não te faltariam mais nortes ou te sobraria qualquer migalha de sul. Você seria seu próprio centro, sempre.
Dentro de ti deve caber um mundo inteiro. De gentes e lugares. Deve ser bom viajar e passear em você. Me leva pra passear e me conta coisas sobre teu dentro? Prometo contar só pra quem merece ouvir. E nem sou tão egoísta, só não quero te estragar. Não quero ficar doando passagens e carimbando passaportes pra quem não sabe nem ao menos aonde quer ir. Eu sei. Eu quero viajar em você.
E também tem aquela coisa que as pessoas falam sobre tirar do coração. Me diz, como eu posso te tirar de lá? Não quero, não! Lá é teu lugar. Tá cheio de gente linda e brilhante pra te fazer companhia. E tem muitas cores também. Assim, quando você enjoar do colorido das paredes, pode repintar com a cor que quiser. Tem muita liberdade lá dentro. Tanta quanto aqui fora.
Eu queria mesmo era te tirar da minha cabeça. Você pensa que é quem pra fazer moradia nos meus pensamentos? Você deve pensar que você é você e pronto, que não tem culpa por estar lá quase o tempo inteiro... Mas tem culpa, sim! Quem manda ser assim, tão - tão - tão você?
Vai ser uma conversa sem fim se eu ficar me justificando. E sei que pode ser que o entendimento não seja imediato, mas... agora você sabe. E pode pensar. Você é bem inteligente... garanto que vai chegar à resposta certa pra me dar. Mesmo se essa for só um abraço ou beijo misturado num grande sorriso teu.
Também me faltam tuas mãos. Pra segurar as minhas, pra medir, pra fazer cócegas, pra desenhar traços, contar pintinhas... Me faltam, além das tuas mãos, as minhas, no teu rosto e em ti, te delineando e contornando esses traços tão bonitos que tens, por sorrir e ser assim, desse teu jeito cheio de pedaços.
É, você deveria ser em partes. Assim todos os que te amam te teriam pra sempre e você estaria com todos o tempo todo também. E olha que isso facilitaria muito. Teria pedaços de ti espalhados por boa parte desse mundo e aí, não te faltariam mais nortes ou te sobraria qualquer migalha de sul. Você seria seu próprio centro, sempre.
Dentro de ti deve caber um mundo inteiro. De gentes e lugares. Deve ser bom viajar e passear em você. Me leva pra passear e me conta coisas sobre teu dentro? Prometo contar só pra quem merece ouvir. E nem sou tão egoísta, só não quero te estragar. Não quero ficar doando passagens e carimbando passaportes pra quem não sabe nem ao menos aonde quer ir. Eu sei. Eu quero viajar em você.
E também tem aquela coisa que as pessoas falam sobre tirar do coração. Me diz, como eu posso te tirar de lá? Não quero, não! Lá é teu lugar. Tá cheio de gente linda e brilhante pra te fazer companhia. E tem muitas cores também. Assim, quando você enjoar do colorido das paredes, pode repintar com a cor que quiser. Tem muita liberdade lá dentro. Tanta quanto aqui fora.
Eu queria mesmo era te tirar da minha cabeça. Você pensa que é quem pra fazer moradia nos meus pensamentos? Você deve pensar que você é você e pronto, que não tem culpa por estar lá quase o tempo inteiro... Mas tem culpa, sim! Quem manda ser assim, tão - tão - tão você?
Vai ser uma conversa sem fim se eu ficar me justificando. E sei que pode ser que o entendimento não seja imediato, mas... agora você sabe. E pode pensar. Você é bem inteligente... garanto que vai chegar à resposta certa pra me dar. Mesmo se essa for só um abraço ou beijo misturado num grande sorriso teu.
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