terça-feira, abril 22, 2014

História inventada


Eu escreveria um livro sobre você. Falaria de cada gesto que eu vejo e de tudo o que vejo além dos teus gestos. Deixaria todos loucos de amor pela bondade do teu coração e apaixonados pela serenidade dos teus olhos. Descreveria sua força com toda a admiração que já tenho por ti e por tudo o que você já me mostrou capaz de fazer. Contaria sobre os abraços apertados, os carinhos, as risadas, os deboches, o bom humor, a grosseria, a doçura e esse jeito que você tem de me encantar, quando me coloca ao seu lado e quando se esparrama e se divide comigo.Contaria sobre as coisas que vivemos, sobre o que ainda poderemos, por ventura, viver. Falaria sobre um amor épico, desses modernos, que apesar da liberdade, tá na cara que só quer sossegar dentro de um só coração.
Eu contaria sobre as vontade de ser maior que você me causa. Vontade de liberdade, de aventuras. Eu diria que você me decifrou desde a primeira vez que me beijou.
Meu livro seria um grande best seller. Depois de ler todos gostariam de ser como você. Todas gostariam de ter alguém como você. Os diretores de cinema fariam um filme daqueles que emocionam e fazem rir.
Escrever um livro sobre você seria como viver ao seu lado, sem que eu precisasse estar. Seria como te imortalizar em letras e na memórias das pessoas.
Gostaria que você fosse meu protagonista. Aceita o papel?



*Jane Austen desenhada pela Irena Freitas.

segunda-feira, abril 14, 2014

Pra permanecer

Já haviam se passado 3 semanas. Mas o tempo pra essas coisas não se contam como tempo de relógio. As três semanas, que logo seriam 4 ou 5, pareciam tão longas, como se mesmo não tivessem fim. 
Viver na espera do despertar de um coração é custoso e pode causar danos. Uma dorzinha de estômago, uma prece pra Deus, um pedido de paciência pra vida. 
Será que esperar é perder tempo? Será que deveria deixar pra trás e não ver mais, não ter mais e não sentir mais? Deveria ser proibido que quem se gosta estivesse de coração partido. Deveria ser proibido ficar ausente da vida de quem e das coisas que se gosta. 
São planos, sonhos e metas por alcançar. São promessas por cumprir e toda essa sorte de coisas que chegam com o aparecimento de batidas mais fortes no coração.
A maturidade deveria servir pra saber distinguir o que é bom do que é ruim. O que vale a pena do que deve ser deixado pra trás. O sentimento não sabe de maturidade, só sabe de sentir.
Viver tem que ser leve. Sentir tem que ser de crescimento. E seguir tem que ser em frente. 

quinta-feira, abril 10, 2014

Outras coisas novas

Uma coisa leva a outra.
Outra coisa a uma coisa leva.
Leva outra coisa a uma outra coisa.
Que outras coisas vem em outra leva.
Uma leva de novas coisas
Curando as coisas que antes vieram.
Leva uma coisa pra outra
Outra coisa pra uma
Uma só coisa.
Um laço:
fez-se .

quarta-feira, abril 09, 2014

Livre sendo indo e vivendo


A vida é muito curta pra se desperdiçar deixando de viver.
Permita-se mais! Faça o que tem vontade e deixe pra lá o que te causa mágoa e dor. 
Aproveite a liberdade e faça as melhores escolhas. 
Quando se vê, a vida foi embora e o que fica são as lembranças, mas a presença não existe mais. E dói. 
E dá saudade. E aperta. 
Queria que saudade fosse laço de presente, pra encontrar e trocar abraço. Mas às vezes é nó, que aperta e faz chover um monte de lágrimas por não saber mais onde encontrar, a não ser dentro da gente mesmo.
Vontade de viver bem grande, bem luminoso, bem bonito. Vontade de ser mais amor.

quinta-feira, abril 03, 2014

Tropeço

Não olhe pra trás. Não há nada a se fazer em tudo aquilo que já passou.
Ah, foi pouco? Tudo bem. Assim é mais fácil de deixar ir. 
É sempre esse drama com as coisas que foram, mas preste atenção! Pelo menos dessa vez, faça as coisas da maneira certa. Não se apegue em desapego. Só vá em frente e pense só em você mesma. Tens uns problemas bem mais complicados, bem mais sérios, que implicam o seu real bem estar e crescimento para enfrentar. Erga a sua cabeça e deixe a sensibilidade de lado. Não faz sentido dar murro em ponta de faca. meu bem. 
Deixe sua cabeça serenar, o coração acalmar. 
Ops, alarme falso? E daí, qual é o problema em recomeçar? Você já fez isso tantas vezes... já saiu de situações realmente difíceis e veja só, sobreviveu.
Pare de chororô, seja forte, levante-se e deixe pra lá. Viver tem que ser leve, não contido. Seja você mesma, isso basta.

quarta-feira, abril 02, 2014

Em frente

Me respingaram amor e eu suavizei.
Aqueci o coração e agradeci a todas as pessoas e coisas lindas que tenho na vida. 
Agradeci ao abraço que roubou o ar e ultrapassou as barreiras de tempo e espaço. Às amigas geniais que a vida me deu e à todas as amizades e amores que permaneceram apesar de tudo.
Agradecer e seguir: essa é a nova regra vital.

Destralhar


Parei pra pensar, me ver de fora de mim mesma. Como se qualquer outra pessoa pudesse me conhecer tanto quando eu mesma. Se eu soubesse desenhar, me expressaria muito melhor, mas não nasci com esse dom, então vou tentar me descrever, de modo que cada parte a ser destralhada, realmente seja descartada.
A gente tem uma mania de guardar com a gente, não. Espera. Eu tenho essa mania. Tenho um feio hábito de manter comigo as coisas que já me cativaram. Por mais que elas doam, que me adoeçam e me façam mal, ficam alí, grudadas em mim feito tatuagem. E dizem: Tu és uma pessoa muito transparente. Será que as pessoas conseguem ver todas essas minhas tralhas? Tendo essa curiosidade de me ver por fora, consigo ver cada marca deixada com essas partes de vida. Um vinco no meu rosto marcado pelas lágrimas da perda e das inúmeras despedidas. As cordas vocais calejadas de tanto cantarolar dores de cotovelo. Um pingente quebrado depois de uma despedida pra nunca mais. 
Eu quero e estou me destralhando de tudo o que me fez mal. Veio, não soube ficar, não deu valor, não soube conviver com liberdade, não soube receber carinho, não gostou da minha honestidade e da minha falta de rodeios, tratou com grosseria, humilhou, preguiçou, não soube ir embora sem machucar... Pode ir, monte de tralhas! 
Não é algo do tipo que se desfaz doando, é jogando no incinerador de um grande lixão, onde se destróem todas as coisas que não prestam, que só ocupam espaço e causam desassosego.
Minhas portas e janelas estão abertas para o novo. E que seja luminescente, grandioso, lindo! Que me faça apenas o bem. É hora do novo vir pra ficar. 

terça-feira, abril 01, 2014

Pensamentos bagunçados

Mostrar uma fraqueza é um ato tão nobre que não se pode deixar qualquer um reconhecer. Mostrar uma fraqueza é tão admirável, que pra você, só tenho mostrado meu lado forte. Dá medo essas coisas de se abrir pra alguém. Sou compreensíva, mas sempre acho que a outra pessoa não vai entender meus medos, meus defeitos. Fico na minha pra não falar besteira, e por dentro deixo crescer uma admiração muito bonita. Você é alguém muito admirável. Parece meu pedaço que falta. Se estiver disposto, com o tempo podemos ajustar nossas sintonias pra ver no que dá. Eu te espero. E enquanto isso, ouvindo tudo o que minha intuição fala, sigo firme nas minhas decisões. Não sou orgulhosa e dou o braço a torcer. Tenho que admitir que olhar você de longe é bom, mas ter você por perto me faz um bem maior ainda! Apesar dos pensamentos desconexos, sentir faz a vida andar e seguir. Logo eu consigo desembaralhar a minha cabeça... mas hoje não. Hoje eu prefiro só sentir (e deixar crescer).

Blá blá blá

Sou um ser absolutamente apaixonável. Não que as pessoas se apaixonem facilmente por mim, mas eu me apaixono todos os dias. Às vezes por alguém, às vezes por alguma coisa. Por histórias, por desenhos, por poemas. Músicas, filmes, personalidades. Me apaixono por coisas simples, tipo nuvens, vento e barulho de chuva. Às vezes eu me apaixono por alguém, mas não dura um dia só. E também não é algo que vem em um dia só. Quando me apaixono por alguém, levo dias examinando tudo. São os gestos, os carinhos, a forma de tratamento, o senso de humor, a sensibilidade, o respeito pelas coisas, por si mesmo, pelos outros... 
Aí, quando eu me apaixono, acabo super valorizando a pessoa e querendo enchê-la de coisas que eu gosto e que possam encantá-la. Não é o caso de ser excessiva, mas é o caso de não saber dosar paciência. 
Sou alguém que sente as coisas de uma maneira muito íntima. Do tipo, aproveitar o que estiver vivendo e sentir tudo o que puder de bom daquilo. Depois, quando eu fico sentindo esse tanto, parece que preciso recuar, porque nesse mundo onde vivemos, as pessoas não estão acostumadas a terem alguém gostando delas. As pessoas gostam quando as pessoas não gostam. Por que uma das maiores curiosidades na raça humana, é esse senso de ser sempre contrário. 
Qual é o problema e soltar as amarras de tudo o que te prende aos sentimentos ruins? Quando eu quebro meu coração, sou obrigada a seguir em frente e engolir seco tudo aquilo que desandou. Depois a vida aparece, me surpreende com algo muito melhor e eu agradeço por ter saído de uma situação degeneradora. Porque, né... Nós sabemos quando algo não nos faz bem. Nós, lá no fundo, sabemos que aquilo nos prejudica. Mas precisamos passar por todos esses momentos prejudiciais para aprendermos. E o que melhor podemos aprender com pessoas e situações que nos prejudicam (como disse a minha irmã), é a não ser como elas. A sermos muito melhores e darmos sempre o nosso melhor para evoluirmos. 
Tenho umas paixões antigas, algumas novas. Descubro coisas novas todos os dias. Quando chegar o momento certo de dividir sem medo, vou deixar meu coração repousar em um peito (que eu estiver mais que apaixonada) e descansar. Porque paixão, pra virar amor, tem que ser com paciência e com bastante calmaria! Vem comigo pro sossego? E que seja a passo lento.